Ouça aqui a edição do inCentro com Pedro Machado, Presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro, vereador da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho e ex-Presidente da Distrital de Coimbra do PSD.

Coimbra: licença para errar (V)
É no cenário que tenho vindo a definir, nesta sequência de artigos, que faz todo o sentido um Parque de Ciência e Tecnologia na cidade universitária de Coimbra. Foi assim que foi organizado, tendo por base a realidade da cidade, as suas boas iniciativas já no terreno e as suas potencialidades.

O iParque é uma aposta arriscada, mas consciente e muito pensada. É uma forma de sermos consequentes com a capacidade que desenvolvemos. Uma capacidade que tem de ser colocada ao serviço da sociedade gerando efeitos económicos relevantes. Foi pensado com os seguintes objectivos genéricos:

1. Ser o catalisador do desenvolvimento económico da região;
2. Promover o desenvolvimento de novas empresas baseadas em conhecimento (e não só em tecnologia), incentivando a transferência de saber entre centros de conhecimento e empresas através de projetos de I&D em consórcio;
3. Promover ou contribuir para instalação de iniciativas empresariais relevantes que possam alavancar o desenvolvimento rápido e sustentável de áreas identificadas como estratégicas.

Tudo isto tendo por base uma estratégia mista que reconhece que precisamos, primeiro, de demonstrar capacidade, para depois sermos atrativos para iniciativas empresariais, necessariamente exteriores à região, que apostam nas nossas capacidades. Essa estratégia mista engloba a estratégia de incubação e a estratégia de atração:

1. Incubação: significa apostar na capacidade de fazer emergir ideias de negócio com base em conhecimento gerado na região, apoiá-las, constituindo o suporte necessário para que se desenvolvam e se transformem em empresas de sucesso (incubação de 1ª fase). Mas também perceber que estas empresas, pelas suas características muito ligados à I&D, a alguma inexperiência própria do tipo de promotores, bem como a um mercado globalizado altamente competitivo, precisam de suporte na fase posterior à incubação (aceleração de empresas, incubação de 2ª fase) para que cresçam mais rapidamente e se tornem fortes.
2. Atração: demonstrada a nossa capacidade de transferência de tecnologia e conhecimento, a capacidade de gerar ideias de negócio e empresas de sucesso, a capacidade de fazer produtos competitivos no mercado global, seremos então atrativos para investimentos de fora da região (incluindo investimento direto estrangeiro - IDE).

O iParque planeou e construiu um espaço totalmente infraestruturado que inclui locais para a instalação de empresas, espaços verdes e de lazer, espaço para serviços e para habitação, definindo um novo conceito de Parque de Ciência e Tecnologia: um sítio que tem vida todo o dia, onde é possível trabalhar, praticar desporto, passear e habitar, disponibilizando os serviços necessários à atividade criativa e empreendedora.

Planeou ainda um Centro de Negócios (Edifício VINCI) pensado para servir as empresas e as suas necessidades, onde se concentrarão os serviços e que constituirá o coração do iParque..

Planeou também uma Aceleradora de Empresas (Edifício TESLA) pensada para acolher empresas em fase de crescimento, no período posterior à incubação. Este é um equipamento crucial para o iParque

Nos próximos dois artigos falarei sobre estes edifícios, sobre o seu financiamento e sobre aquilo que planeamos para eles.

J. Norberto Pires

Coimbra é uma cidade genericamente segura. Mas são cada vez mais comuns os casos de violência gratuita e vandalismo sobre equipamentos públicos. É a altura de actuar para evitar que estes casos isolados se tornem num problema sério de segurança. Nenhum de nós cidadãos deve tolerar actos de vandalismo ou pactuar com comportamentos de desrespeito pelo bem público, pelo asseio e pelas pessoas. Basta andar pela cidade e para ver todo tipo de actos de vandalismo sobre bancos de jardim, ecopontos, contentores de lixo, calçadas, muros, jardins, ponte pedonal, praças, etc. Há locais, como por exemplo a Praça Heróis do Ultramar, que ficam num estado indecente todos os fins-de-semana: lixo e degradação por vandalismo. A actuar é agora, antes que tudo isto se torne num problema sério.


A Noite das Mulheres Cantoras, Lídia Jorge, 2011
O novo romance de Lídia Jorge sai no dia 21 de Março, pela D. Quixote, e é lançado 4 anos depois do seu ultimo romance “Combateremos a Sombra”. É um livro com um tema arrojado: a idolatria e a construção do êxito. “Trata-se de um livro que se constrói em torno da questão da fama", conta a sua editora Cecília Andrade. É um romance sobre "o êxito e a perda, sobre um equívoco e a passagem do tempo. Um monólogo, uma escrita na primeira pessoa, a reconstrução de uma memória e de um segredo", acrescenta explicando que o este livro, tal como acontece na obra da autora, é sobre uma questão social, sobre a força do grupo e a aniquilação do indivíduo perante o colectivo. "A pergunta que fica é: Quantas vítimas deixamos pelo caminho para perseguir um objectivo?". Um excelente livro em perspectiva. Coloque na sua agenda de leituras.

Professor Universitário, ginecologista, cientista na área da reprodução humana, antigo presidente do conselho de administração dos HUC, saiu, por vontade própria, da carreira universitária após 46 anos de dedicação. Fê-lo sem se jubilar e sem proferir uma “aula final” na universidade, fazendo a sua última intervenção em Outubro de 2010 nas Jornadas Albert Netter da Sociedade Europeia de Ginecologia. Abandonou também, “com lamento e consternação”, a sua brilhante carreira hospitalar. Quando tomo conhecimento destas coisas fico com um enorme aperto no coração. Porque fui educado na certeza de que ser frontal, intransigente na defesa dos princípios e totalmente dedicado é um código de conduta a preservar. E que isso paga. A cidade de Coimbra, a Universidade de Coimbra e os Hospitais da Universidade de Coimbra devem muito a este homem. Estamos bem a tempo

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